A atual Administração do Poder Judiciário do Estado de Rondônia publicou Nota de Esclarecimento, no site do TJRO, numa tentativa de “prestar esclarecimentos” aos servidores e à população de que já fez muito pelos trabalhadores do Poder Judiciário e que por isso não precisará fazer mais nada. O Presidente do TJRO esclarece na nota, que realizou pagamentos, querendo fazer acreditar que seria um benefício ao qual o trabalhador não tivesse o direito e ele tivesse concedido. Os benefícios pagos são obrigações e foram pagos porque o sindicato entrou com Pedido de Providências no Conselho Nacional de Justiça, denunciando o não cumprimento de obrigações por parte da Administração do TJRO. A atual Administração não faz nenhum favor, muito pelo contrário, suspendeu pagamentos de diferenças salariais pretéritas que vinham sendo pagas em Administrações anteriores. O que o trabalhador do TJRO pleiteia hoje é a reposição salarial, um direito garantido pela Constituição. No nosso dia a dia, aprendemos com os magistrados, seja através de decisões em processos ou no convívio diário, que temos que ir sempre em busca dos nossos direitos. O Presidente do TJRO enumera benefícios concedidos aos trabalhadores, alguns inclusive há mais de cinco anos (2008), em administrações passadas, numa clara tentativa de por a opinião pública contra a greve dos trabalhadores do Poder Judiciário, que é justa, legal e ordeira. Ocorre que o Presidente “esqueceu” de mostrar à sociedade rondoniense que este ano ele já recebeu:
Aumento de 5% (cinco por cento), desde janeiro/2013; Auxílio alimentação no valor de R$ 700,00, retroativo há 70 meses (veja abaixo a resolução); Auxílio saúde no valor de R$ 250,00, que ele queria que fosse retroativo também, mas os Desembargadores do Tribunal de Justiça não permitiram. Portanto, o Presidente do TJRO, já teve este ano, reposição salarial de 5%, e está recebendo auxílio alimentação de R$ 700,00, desde o mês de janeiro, e começará a receber auxílio saúde de R$ 250,00 a partir do mês de junho. É esse o tratamento que o trabalhador do Judiciário pleiteia e não tem por parte da atual Administração. A maioria dos desembargadores, em conversa mantida com a Diretoria do SINJUR, entende que é justo o pleito do trabalhador, mas a Administração e seus auxiliares dizem que não há orçamento. “Por que para eles há orçamento e para nós não? Por que os Administradores do TJRO só asseguraram recursos para reposição dos subsídios deles e deixaram os servidores de fora?”, perguntou o Diretor de Finanças, Chagas Teixeira. A alegação de que precisa de recursos do Estado para conceder a reposição salarial, não procede, em virtude do Tribunal de Justiça possuir um orçamento pomposo e que poderia muito bem fazer remanejamento, se assim o quisesse.
CNJ e Operação Justiça Rápida Foi solicitada a intervenção do Conselho Nacional de Justiça para que faça a mediação entre trabalhadores e Administração do Poder Judiciário para que não prejudique ainda mais a sociedade rondoniense. Está sendo executada a Operação Justiça Rápida, que poderá ser seriamente prejudicada, correndo o risco de ser suspensa, tendo em vista de não ser considerado serviço essencial, que são os serviços que estão sendo mantidos.
Greve mantida Ontem (16) houve adesão da Comarca de Machadinho do Oeste e a greve segue cada dia mais forte. O Comando de Greve protocolou ofício na Presidência do TJRO informando que a greve será mantida. Há muitos anos não ocorria uma greve no Poder Judiciário do Estado de Rondônia e lamentavelmente a postura da atual Administração do TJRO levou os trabalhadores a iniciarem esse movimento. Agora, como sempre tem feito, a atual Administração tenta imputar a culpa aos trabalhadores, sendo que só chegamos à greve em virtude da ineficácia da negociação, pois eles se negam a conceder a reposição salarial, sendo, portanto, a greve, um meio legítimo de movimento dos trabalhadores, que incansavelmente manter-se-ão na luta por seus devidos direitos!

Diretoria de Imprensa e Comunicação